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terça-feira, 16 de julho de 2013



O primeiro achado de Lund foram poucos ossos de
uma das menores preguiças-gigantes da América
Lund também é reconhecido como pai da arqueologia e da espeleologia (estudo das cavernas), pioneirismo extensivo às três Américas. Foi o primeiro a assinalar a presença de sambaquis e inscrições rupestres, além de descrever instrumentos líticos encontrados. Ele foi ainda o primeiro a localizar e entrar em algumas das mais de 800 cavernas que explorou.
Cartelle enumera algumas das espécies extintas que tiveram fósseis descobertos pela primeira vez por Lund: cavalos, diversos carnívoros como o tigre-dentes-de-sabre e o cachorro das cavernas, além de preguiças terrícolas, capivara e tatu gigantes. Ainda hoje, Lund é a principal referência para estudiosos da paleontologia de mamíferos no Brasil. Pretendia desenvolver monografias sobre diferentes mamíferos pré-históricos, mas realizou seu intento apenas para os caninos.
As coleções remetidas a sua pátria devido ao financiamento pela monarquia dinamarquesa seriam estudadas no final do século 19 e início do 20 por um paleontólogo de Copenhague, Herluf Winge, que interpreta em diversos volumes a obra de Lund. No Brasil, os escritos de Lund foram publicados em 1935, pela Biblioteca Mineira de Cultura, e em 1950 pelo paleontólogo Carlos de Paula Couto, continuador de seu trabalho.
Antes do surgimento da teoria de Darwin, as descobertas de Lund apontavam para a evolução das espécies. Luterano convicto, o dinamarquês acreditava que desastres naturais teriam levado à extinção de diversas formas de vida. Especula-se que a descoberta de fósseis que inviabilizavam a teoria das catástrofes de que Lund era partidário teria contribuído para seu afastamento da ciência, ainda por volta dos 40 anos.
Raquel Aguiar
Ciência Hoje/RJ
agosto/2001
Um botânico em Lagoa Santa
Lund lança base da ecologia no Brasil com estudo paleontológico de grutas mineiras


Acima, gruta de Maquiné. Lund construía um casebre de pau-a-pique na
frente das grutas visitadas, ao qual se atava com uma corda pela cintura
Peter Lund nasceu em Copenhague a 14 de junho de 1801, filho de ricos comerciantes de lã. Bacharel em Letras, aos 17 anos ingressa no curso de Medicina. Em 1824 começa o trabalho como pesquisador de campo com dois trabalhos condecorados. No ano seguinte, publica um livro de fisiologia que foi adotado nas universidades de Copenhague, Viena e Nápoles. No mesmo ano, seu talento para a zoologia é revelado na premiada monografia O sistema de circulação nos crustáceos.
Lund transfere-se para o Brasil em dezembro de 1825 e logo sente a "atração mágica da natureza tropical". Reside inicialmente na aldeia de pescadores de Itaipu (RJ). Dedica-se à zoologia e sobretudo à botânica. Estuda o comportamento das formigas e os ovos de certos moluscos em um dos mais completos ensaios sobre o assunto. Monta diversas coleções zoológicas, remetidas ao Museu de História Natural da Copenhague.
O naturalista embarca para Hamburgo em 1829. Exibe suas pesquisas na França e Itália, onde mantém contato com autoridades científicas da época. Em 1933, retorna em definitivo ao Brasil. Desta vez, dedica-se à botânica das plantas domésticas em companhia de L. Ridel. Juntos, excursionam pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Minas Gerais para estudar a fauna e flora locais.
Em outubro 1834, um ano após a partida, Lund e Ridel chegam a Curvelo (MG), onde encontram casualmente Peter Claussen, que explorava salitre em cavernas calcárias na região de Lagoa Santa. Havia em seu interior grandes ossos que os habitantes locais atribuíam a homens pré-históricos gigantescos. A extensa área para pesquisa levaria Lund a se dedicar à paleontologia. A excursão prossegue até Ouro Preto, onde Ridel adoece. Lund compila suas notas de viagem nas Observações a respeito da vegetação dos campos do interior do Brasil.


No início do século 19, Lagoa Santa tinha cerca de 80 casas e 500 habitantes
Em 1835, Lund retorna a Lagoa Santa. As primeiras grutas visitadas foram a Lapa Vermelha e a Lapa Nova de Maquiné. Sobre a última, escreve: "quanto a mim, confesso que nunca meus olhos viram nada de mais belo e magnífico nos domínios da natureza e da arte". Lund preservou certa paternidade sobre a descoberta, pedindo inclusive a conservação da gruta em testamento. As escavações nas grutas foram registradas por Andreas Brandt, desenhista e pintor norueguês que se torna auxiliar de Lund.
Lund é considerado o pai da espeleologia brasileira pelo pioneirismo na visita a várias grutas e pela consciência ecológica vanguardista que demonstrou. "Infelizmente, retiraram o conteúdo destas grutas para extração do salitre, sem o mínimo respeito pelas relíquias acumuladas nestes lugares realmente sagrados." Lund cria também a base para uma ecologia brasileira ao convidar o botânico Eugene Warming para realizar um levantamento do cerrado da região de Lagoa Santa, que originou o primeiro trabalho de fitoecologia do mundo, publicado em 1840.
Raquel Aguiar
Ciência Hoje/RJ
agosto/2001
Intercâmbio científico Brasil-Dinamarca
Lund fomenta diálogo institucional estimulado por suposta vinda de vikings ao país


Em carta à Real Sociedade, Lund , relatou a descoberta da primeira observação
de pintura rupestre na América, retratada pelo desenhista Andreas Brandt
A aproximação entre as instituições científicas brasileira e dinamarquesa do início do século 19 é fruto da busca por provas da suposta chegada de vikings ao Brasil antes de 1500. Lund é parcialmente responsável por esse estreitamento de laços: ele era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), fundado no Rio de Janeiro em 1838, e da Sociedade Real dos Antiquários do Norte, criada em 1825 por Carl Christian Rafn.
Peter Lund e Peter Claussen foram admitidos no IHGB em 1839. Claussen foi freqüentador assíduo da associação; Lund contribuiu com volumosa correspondência acadêmica e remessa de materiais. Ele doou ao Instituto um exemplar de um livro de Rafn que narra a descoberta da América do Norte pelos dinamarqueses no século 10 e causou grande impacto sobre a intelectualidade brasileira.
Na troca de informações entre o Instituto e a Sociedade Real, destaca-se um texto traduzido por Lund. O documento descoberto na Livraria Pública da Corte, datado de 1754 e bastante danificado, descrevia uma cidade abandonada no interior da Bahia encontrada por aventureiros em busca de ouro. O povoado localizado em um planalto e protegido por uma muralha com inscrições indecifráveis teria a estátua de um homem apontando o Pólo Norte na praça central. À beira do rio, ouro e prata abundantes.
A revista do IHGB chegou a anunciar a descoberta da cidade -- que não veio a acontecer de fato. Lund traduziu e publicou nas revistas brasileira e dinamarquesa os relatórios da expedição frustrada. Em suas observações, acrescentou que era recomendável o estudo dos homens primitivos do Brasil por meio de seus vestígios mortais, já que o relato não era confiável.
Em 1844, Peter Lund formularia nas publicações de ambas as sociedades suas idéias sobre a origem do homem pré-histórico brasileiro. Ele aceitava a co-existência de animais extintos e homens, pois encontrara ossos de homens e animais misturados. Nada ficou provado, pois inundações são comuns nas grutas calcárias de Lagoa Santa. Para Lund, o povoamento da América do Sul seria muito antigo, já que "(...) várias espécies animais parecem ter desaparecido da criação viva até o tempo do aparecimento do homem aqui". Ele conclui que o homem fóssil americano pertenceria à mesma raça que o homem atual.
A conclusão era contrária à suposição de que o homem americano teria origem no Velho Continente. Segundo Lund, haveria um vínculo estreito entre a raça mongolóide e a dos indígenas americanos. Ele arriscava a hipótese de que essa raça seria originária das Américas e teria se espalhado para a Ásia (hoje, provou-se ter ocorrido justamente o inverso). Com isso, frustrava-se aos olhos de Lund a tentativa de se realizar uma história comum, que motivava os laços entre o Instituto Histórico e a Sociedade Real. A correspondência entre as duas instituições diminuiu e cessou em 1864, ocasião do falecimento de Carl Christian Rafn.

 
O 'homem de Lagoa Santa'
Descoberta de ossadas humanas pode ter levado Lund a abandonar a ciência


Crânio e mandíbula de um 'homem de Lagoa Santa'
Peter Lund era adepto da teoria catastrofista, segundo a qual desastres naturais teriam extinguido as sucessivas formas de vida. A teoria foi proposta pelo anatomista francês Georges Cuvier a partir do criacionismo e do atualismo geológico. O criacionismo atribuía a Deus a gênese de cada espécie e se opunha à teoria de Lamarck, para quem as espécies evoluíam lentamente em função do uso e desuso de características adquiridas. Já o princípio do atualismo geológico via nas diferenças entre fósseis de camadas geológicas distintas a prova de que teria havido sucessivas 'criações'.
Além de defender o catastrofismo, Lund era fixicista: acreditava não haver ligação entre as espécies. Negava, portanto, a evolução proposta por Lamarck e sistematizada posteriormente por Darwin. Ele já percebia, porém, semelhanças entre espécies fósseis e atuais. Escreveu, inclusive, um estudo comparativo sobre o assunto.
Os catastrofistas aceitavam a existência de um homem 'antediluviano' como um ser distinto do homem atual (para Cuvier, a última grande extinção seria fruto do dilúvio bíblico). Mas a noção de que esse homem existiu na América não era considerada à época. Apesar das idéias circulantes, Lund convenceu-se da antigüidade das ossadas humanas descobertas por ele em 21 de abril de 1843.
Esses ossos de cerca de trinta indivíduos estavam misturados a fósseis de animais, "todos depositados aproximadamente na mesma época", conforme relata Lund. A idéia de uma humanidade tão antiga a ponto de ter coexistido com a fauna extinta ainda não era considerada plausível.


As escavações de Lund apontavam para o evolucionismo e colocaram
em xeque sua fé luterana e a teoria catastrofista de Cuvier
Do ponto de vista antropomórfico, os fósseis descobertos por Lund eram bastante distantes dos indígenas americanos e próximos dos negróides. Suas características físicas eram homogêneas, o que indica seu isolamento genético (ele não teria se misturado a grupos diferentes). Essa identidade configurou o perfil daquele que ficou conhecido como o 'homem de Lagoa Santa'.
Entre as ossadas de Lagoa Santa, somente as mais antigas -- datadas entre 11 e oito mil anos -- possuem características negróides; os fósseis a partir de oito mil anos já apresentam características mongolóides. O desaparecimento da raça negróide que habitou a região e seu relacionamento ou não com os mongolóides que vieram a seguir e dominaram o continente permanecem não esclarecidos.
Pouco depois da descoberta do homem de Lagoa Santa, Lund abandonaria suas pesquisas. Em carta à família, atribuiu a renúncia a problemas financeiros. Cástor Cartelle propõe outra justificativa. "Lund ficou um tanto desorientado com a existência do homem pré-diluviano e sincrônico da fauna recente e extinta. Acredito que o fato de comprovar que sua perspectiva catastrofista não tinha sustentação foi uma das causas que o impeliram a abandonar a vida científica." A extrema religiosidade também é considerada por alguns autores como motivo do precoce abandono da ciência.
Raquel Aguiar
Ciência Hoje/RJ
agosto/2001
O enterro festivo de Dr. Lund
Estimado pelo povo de Lagoa Santa, pediu música e proibiu lágrimas no funeral


Casa de Lund em Lagoa Santa. Nos meses de seca, ele
realizava expedições; na época das chuvas, recolhia-se
para estudo dos fósseis no galpão nos fundos da casa
Peter Lund era muito estimado pelos habitantes da pequena vila de Lagoa Santa, que costumavam chamá-lo Dr. Lund. De hábitos excêntricos e temperamento arredio, preferia o isolamento. Teve constantemente a seu lado Nereo Cecílio de Ramos, filho adotivo de Lagoa Santa que o auxiliava em tudo o que fazia. Ao morrer, distribuiu seus bens entre o filho e algumas pessoas que o serviram.
No livro O Naturalista, de 1923, Nereu revela um pouco da personalidade do paleontólogo. "Ele conservou até os últimos dias grande interesse pelo progresso da ciência, e sentia um grande prazer, quando na sua solidão era informado a esse respeito. Era de um caráter nobre, benévolo, amável e caritativo (...) era por todos que o conheciam de perto muito considerado e respeitado pelo seu caráter, honradez e modo independente de pensar, e é indubitável que a sua palavra e opinião tiveram grande peso no ânimo dos homens de influência da localidade..." Nereu cita ainda que Lund medicava na região, sempre acertando o diagnóstico. "O seu trato fidalgo, a todos dispensado, sem exceção de grandes ou pequenos, cultos ou ignorantes, fazia-o querido e respeitado pelo povo lagoa-santense..."
Lund viveu na mesma casa até a morte. Nos fundos, construiu um barracão para preparação e estudo de fósseis. Protestante, não poderia ser enterrado no cemitério local. Comprou um terreno que mandou "murar para enterrar meus amigos e a mim também". Lund determinou que queria ser sepultado à sombra de um pequizeiro -- árvore típica do cerrado, que dá um fruto aromático -- num local aprazível onde costumava estudar. Também ali foram sepultados seus colaboradores Pedro Andreas Brandt, Guilherme Behrens e João Rodolfo Müller. Ao lado do túmulo, marcado por uma lápide de mármore negro, foi erguido um monumento a Lund e a Eugene Warning por iniciativa da Academia Mineira de Letras -- hoje tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


O frondoso pequizeiro marca o local onde Lund está enterrado
Lund faleceu a 25 de maio de 1880, três semanas antes de completar 79 anos. Como Nereo Cecílo escreve em carta à família na Dinamarca, a última enfermidade durou cerca de dois meses. Ao fim, Lund delirava. "Dizia que o que ele mais amava eram as ciências e sobretudo a música," Nereo relata. "Suas últimas palavras foram: amor, amor, amor."
Dias antes de morrer, Lund chamou o coveiro. Deu-lhe uma generosa gratificação e encarregou-o de abrir imediatamente sua cova, que deveria ter mais de vinte palmos de profundidade. Lund chamou também a autoridade local e pediu que não o abandonasse até expirar para não haver demora na leitura de seu testamento, que continha recomendações para execução imediata. Solicitou uma grande festa para todos os moradores do arraial; à frente do cortejo, deveria vir a Corporação Musical de Santa Cecília -- primeira banda de música de Lagoa Santa, fundada e custeada por Lund. Pediu músicas alegres e que ninguém chorasse. Em sua casa, a mais farta mesa estaria posta, com os vinhos de sua adega.

terça-feira, 11 de junho de 2013


Em 1987 o fazendeiro Guillermo Heredia encontrou em sua propriedade, na província de Neuquén, Argentina, enormes fósseis que inicialmente identificou como troncos petrificados. Seu maior espanto foi quando percebeu, mais tarde, que na verdade estava diante de ossos enormes fossilizados. Imediatamente ele chamou o paleontólogo Rodolfo Coria e sua equipe, do Museu Carmen Funes em Plaza Huincul, cidade da região da Patagônia, que reconheceram o material como sendo de um enorme dinossauro desconhecido.Em 1989 sua equipe começa a escavação que levou vários meses, e conseguiu retirar da rocha poucos fósseis de gigantescas proporções, como Vértebras, tíbias, ossos da pélvis e algumas costelas, que demonstraram desde o início que se tratava de um novo dinossauro, maior todos os outros já descobertos e com o auxílio do Dr. José Bonaparte, do Museu de Buenos Aires, ele fez um estudo que levou 4 anos para se concluir. Finalmente em 1993 foi anunciado ao mundo científico a nova espécie.
Nas imagens acima, a primeira mostra um enorme Argentinossauro sendo caçado por um grupo de Giganotossauros, a segunda mostra uma comparação entre um elefante Africano, que é o maior animal terrestre existente no planeta, um Braquiossauro (cinza), com aproximadamente 13 metros de altura e o Argentinossauro (marrom), com 20 metros de altura. E na quarta imagem temos três grandes recordistas do mundo animal, o primeiro da esquerda é um Argentinossauro ( o animal terrestre mais pesado, 100 toneldas ), o segundo no meio é um Sauroposeidon ( o animal terrestre mais alto, 25 metros ) e o último da direita é um Seismossauro ( o animal terrestre mais comprido, 52 metros ), temos também um pequeno ser humano em tamanho proporcional para verificarmos as gigantescas dimensões desses animais.
Os Argentinossauros tinham vértebras muito rígidas. Sua flexibilidade foi sacrificada por causa do imenso peso. Eles viveram há aproximadamente 90 á 66 milhões de anos atrás, com maior intensidade de achados na Patagônia Argentina.
Punham ovos do tamanho de uma bola de futebol, isto é, nasciam desproporcionalmente pequenos. Cientistas acreditam que aos 5 anos teria o tamanho de um pastor alemão, aos 15 teria o tamanho de um cavalo e só seriam adultos aos 50 anos.
Supõe-se que tivessem sangue frio, pois com o sangue quente, teriam que ingerir 5 ou 6 toneladas de folhas por dia, uma quantidade teoricamente impossível para uma cabeça tão pequena. Mas com sangue frio necessitariam ingerir "apenas" 1 tonelada, mas isso é apenas uma teoria sobre os saurópodes e existem várias delas.

Dados do Dinossauro:
Nome: Argentinossauro
Nome Científico: Argentinossauro huinculensis
Época: Cretáceo
Local em que viveu: América do sul
Peso: Cerca de 90 à 110 toneladas
Tamanho: 20 metros de altura e 45 metros de comprimento
Alimentação: Herbívora

terça-feira, 7 de maio de 2013

Neste mesmo episódio um filhote é morto por carnívoros, que não conseguem um ataque bem sucedido durante o dia e resolvem atacar durante a noite, conseguindo abater a presa desejada. Talvez os adultos formassem uma barreira protetora em torno dos filhotes, mostrando a cabeça imponente ao predador, apontando os chifres para o mesmo, provavelmente no intuito de desencorajar o ataque em vez de querer ferir o atacante.
Outra utilidade para seus adornos, principalmente o colar ósseo, seria a de atrativo sexual, funcionando como um chamariz para o sexo oposto na época de acasalamento, o que deve ter ocorrido com alterações de padrões de cor no escudo. Há ainda a hipótese de que a gola do Torossauro servia como regulador térmico, fazendo o sangue passar na região de pele mais fina assim refrescando o mesmo ou aquecendo-o, de acordo com a necessidade. Só o fato de aceitarmos a ideia de que os dinossauros tiveram sangue quente diminui a credibilidade da teoria de regulação térmica, pois um animal de sangue quente não precisa de fatores externos para aquecer o corpo. Apesar de sempre atribuirmos estes hábitos aos ceratopsídeos, devo lembrar que na maior parte dos casos é tudo especulação sem provas fósseis de que isso ocorreu, principalmente na teoria da coloração, pois a fossilização não preserva pigmentos que dão cor à pele.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

piteranodon

O Pteranodon ("voador sem dentes") viveu no fim do Cretáceo nos EUA. Pesava 30 kg e media 2 m de altura. Fósseis de peixes em um estômago de Pteranodon indicam que ele era piscívoro, ou seja, comia peixes, por isso deveria habitar zonas costeiras. Para pescar, ele mergulhava no mar, como algumas aves marinhas, onde o Pteranodon ficava vulnerável a ataques de répteis marinhos.
Ossos finos e ocos deixavam esse animal mais leve, auxiliando o voo. O Pteranodon possuía asas de pele elástica, como as dos morcegos, que podiam chegar a 7 m de envergadura. Devido ao tamanho das asas, acredita-se que o Pteranodon não as batia, mais saltava de ladeiras ou penhascos e planava, utilizando plumas térmicas, como os albatrozes atuais. Assim como outros pterossauros, o Pteranodon construía seus ninhos em locais altos, como escarpas, pois deveriam ser pouco ágeis em terra e provavelmente alimentassem seus filhotes no ar.
O Pteranodon possuía uma enorme crista no topo da cabeça, de função desconhecida. Essa crista pode ter sido usada como lastro (peso para aumentar a estabilidade) durante o voo ou para atrair fêmeas. As diferentes espécies do gênero Pteranodon são distinguidas pelo tamanho e formato das cristas. Existem duas espécies confirmadas (Pteranodon longiceps e

domingo, 7 de abril de 2013

O Braquiossauro foi um dos dinossauros mais pesados que já existiu, mesmo considerando a estrutura oca dos ossos (pneumáticos) da coluna vertebral. O pescoço, que era muito comprido, media um terço do comprimento total do animal, e a cabeça ficava a aproximadamente 10 metros de altura. Esta se distinguia da de outros dinossauros de seu grupo por apresentar enormes orifícios nasais situados na testa. A cauda era grossa e relativamente curta. Outra particularidade deste dinossauro era o comprimento das patas dianteiras, surpreendentemente maiores do que as traseiras. Daí a origem de seu nome, pois Brachiosaurus significa "lagarto braço". Com  o consequência disso, o dorso do animal formava uma curva ascendente, de modo que os ombros ficavam mais elevados que a pélvis. As quatros patas eram muito robustas, pois tinham que sustentar aproximadamente 50 toneladas!
O aspecto curioso do crânio do Braquiossauro era o seu focinho, que se elevava para frente na região dos olhos, formando uma espécie de crista na parte superior do crânio, onde se situavam as enormes fossas nasais. As caraterísticas mais visíveis do esqueleto do Braquiossauro eram o enorme comprimento do pescoço e o fato de ter as patas anteriores mais compridas que as traseiras; isso constituía uma adaptação para alimentar-se das folhas que ficavam na copa das árvores. No entanto, a cauda era curta em relação ao comprimento do pescoço. Nas espinhas das vértebras do pescoço inseriam-se músculos poderosos. Para terminar, a locomoção deste animal era facilitada pela estrutura de suas vértebras, que combinavam a máxima resistência mecânica com o menor peso.
A extraordinária altura a que se encontrava a cabeça do Braquiossauro lhe causava muitos problemas circulatórios. Por um lado, o coração tinha de ser uma bomba extremamente grande e potente, capaz de impulsionar o sangue á grandes pressões. E por outro lado, as artérias deviam ter um sistema de válvulas, impedindo que o sangue voltasse antes de ter chegado á cabeça.
A região posterior da cabeça, que protegia o cérebro, era muito reduzida, o que faz pensar que estes dinossauros eram pouco inteligentes.
nome: Ultrassauro.
Nome cientifico: Ultrasaurus Tabriensis.
Tamanho: 38 metros de comprimento e 22 metros de altura.
Peso: 90 toneladas.

foiemcomtrado

Local: América do norte.
Época: Fim do período Jurássico.
Alimentação: Herbivora.
Família: Brachiosaurída.
e
Local: América do norte.
Época: Fim do período Jurássico.
Alimentação: Herbivora.
Família: Brachiosaurída.
O carnotauro (Carnotaurus sastrei, do latim "touro carnívoro") foi uma espécie de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo, principalmente na região que é hoje a América do Sul. Ele também foi nomeado "Lagarto de Abel" quando em 1985 os paleontólogos argentinos (José Bonaparte e Fernando Novas) descobriram que ele era um carnívoro com o crânio diferente de todos os outros carnívoros que já haviam sido descobertos. O chamaram de Abelisaurus que significa "Lagarto de Abel".
O carnotauro foi um grande predador, media em torno de 8 metros de comprimento e 3 de altura, pesava em torno de uma tonelada. Foi descoberto por um paleontólogo em Chubut, na Argentina e no Brasil.
Várias características do carnotauro chamam a atenção dos cientistas. Embora fosse carnívoro, foi observado nele uma característica comum apenas em herbívoros, a presença de pequenos chifres, acredita-se que eles eram usados em lutas com indivíduos da mesma espécie, já que são pequenos demais para terem sido usados na caça. Outras características impressionantes eram os pequenos olhos apontados para frente e os ossos da coluna com projeções em forma de asa. O focinho maciço sugere órgãos olfativos grandes e olfato apurado.
A região em que o carnotauro foi encontrado era habitada por um dinossauro herbívoro saurópodo chamado chubutissauro, cerca de três vezes menor em comprimento. Acredita-se que o chubutissauro fosse a principal presa do carnotauro.